Da escolha para o inferno

terça-feira, 9 de abril de 2013 Postado por Lindiberg de Oliveira
Ponderar sobre o inferno sempre desemboca em várias contradições grotescas – e é provável que esse texto também caia nessa ciranda. Portanto, essa é minha tentativa dialética de demostrar minha posição sobre o inferno, a liberdade e em especial a Graça. Apesar de não parecer, esse texto me consumiu tempo considerável de leituras, redação e muita reflexão. Levando isso em conta, creio que será edificante lê-lo por mais que discordem. 
Gravura de Gustave Doré (século XIX), representando Dante e Virgílio no lago Cócito, que segundo a obra de Dante Alighieri, seria o lugar mais profundo do inferno.
Quero começar dizendo que pouco refleti sobre o inferno, pois sempre me pareceu um assunto irrelevante, até o momento em que li, em 2010, a singela obra de C. S. Lewis, O grande abismo, que com grande inspiração me fez compreender o cerne de toda essa doutrina, que nem de longe passa a ser a mais importante, mas de todas, ela é provavelmente a mais difícil e a mais incômoda.
A doutrina do inferno é facilmente abandonada por muitos porque geralmente põe em xeque o amor de Deus, dando vazão à vingança, crueldade e falta de misericórdia. Nesse caso, rejeitar o inferno é pressupor que Jesus seja mentiroso, pois ele foi muito mais enfático sobre o assunto do que qualquer outra pessoa na Bíblia. Razão pela qual Bertrand Russell acreditava ser um defeito sério do Nazareno. Segundo Russell, Jesus tinha o hábito de ameaçar ferozmente com o fogo eterno quem não concordasse com seus ensinamentos. Repetidamente usou palavras fortes e incutiu terrores imensos na mente de seus discípulos, usando a ameaça do castigo eterno àqueles que não o seguissem. Tal atitude, diz Russell, nunca foi vista em Sócrates ou Buda, por exemplo, sempre cortês e respeitosos com os que não concordavam com eles.
Meu objetivo não é conciliar Jesus com essas objeções, porque a maioria delas é falaciosa, concebendo o inferno e o discurso de Jesus de uma maneira distorcida. Ora, Jesus ensinou a misericórdia e a justiça, o amor e o juízo, discorreu sobre o céu e também sobre o inferno. Não como ameaças, pois o que temos são claras advertências. Dizer que é imoral o caso de Jesus advertir sobre o Inferno é o mesmo que dizer que também seja imoral o fato de uma mãe aconselhar seu filho a não brincar com fogo. Todavia, como Caio Fábio sabiamente expressa, quando o Filho do Homem toca nesse assunto, “geralmente, o destinatário era a religião certa de suas certezas, e presunçosa em sua suposta superioridade sobre os demais homens da Terra. Esse não era um papo que Jesus levava com os publicanos, meretrizes e pecadores em geral. A esses Ele falava de uma vida nova e cheia de paz e perdão”.
O Inferno como uma possibilidade a partir de uma escolha
Apesar de algumas parábolas supostamente sugerir que Deus condenará os maus ao inferno – como a do joio no meio do trigo –, estou convencido de que todos são o que são graças ao uso ou abuso de sua liberdade. Desse modo, sou eu, e não Deus quem decide o meu destino. Se estivesse na orbita da soberania de Deus determinar quem vai para o céu ou inferno, o Eterno só poderia escolher o céu para nos enviar, pois a essência do seu caráter é o amor (1 Jo 4.8). “O desejo de Deus é que todos os homens se salvem”; que nenhum se perca; que todos venham conhecê-lo plenamente (1Tm 2.4). Nessa perspectiva, o inferno não se transforma numa possibilidade de determinismo divino, mas está implexo a atos volitivos existencialmente pessoais. Está ligada a escolha do homem e não a soberania de Deus.
Muitos escolherão ser no inferno, porque o céu, logo, será insuportável. Optarão pelo sofrimento sendo “condenação para si mesmo” (Tt 3.11). E esse fenômeno começa aqui, agora, no momento presente, no campo existencial, pois o julgamento é algo que acontece cá e não no porvir, depois da morte: “Quem não crer já está jugado” (Jo 3.18). O inferno só pode ser concebido nessa perspectiva, ou seja, na ótica da liberdade do homem. Essa é a liberdade que rejeita a graça e que dá as costas à Vida. Nisto consiste a condenação: a relutância da criatura em ser atraído ao Eterno, ou seja, o amor às trevas e a rejeição à Luz (Jo 3.19): “são os que disseram a Deus: Retira-te de nós! Não desejamos conhecer os teus caminhos” (Jó 21.14).
Da mesma forma, a sentença para aqueles que creem em Jesus, é que, “aquele que crer não é condenado”. Não diz que não será. Aqui o verbo também está no presente. E aqueles que creem, não são condenados simplesmente por que ouviram uma mensagem evangélica e resolveram acreditar em Deus ou confessá-lo verbalmente. O crer em Jesus não entra nessa esfera da banalidade. Creem por que conceberam a simplicidade da Palavra, foram sensíveis à graça e resolveram viver a radicalidade do Evangelho: para esses não há condenação (Rm 8.1). Esses são os que não vivem sob o julgo da religião, são os que amam, e por amarem são “nascidos de Deus e conhece a Deus”. Talvez o mundo os condene. Sim, poderão ser condenado pelo mundo, mas não com o mundo.
O castigo como ética natural
O inferno também é uma manifestação do amor divino, e como tal, não pode ser concebido genericamente como um ato punitivo. Não é uma vingança cósmica como muitos imaginam ou temem.
Peter Kreeft, em seu Manual de defesa da fé, faz uma distinção entre castigo como lei positiva e castigo como lei natural. A primeira é operada por aquele que estabeleceu as regras, sendo sujeitas a mudanças e muitas vezes não são necessárias. Exemplos de uma lei positiva seriam: “se comer a sobremesa antes da refeição será castigado”; ou “se for pego fumando aqui será multado”. A lei natural por sua vez, tem um aspecto mais prático e científico. Suas penalidades são intrínsecas, necessárias e indispensáveis: “se comer a sobremesa antes da refeição perderá o apetite”; “se fumar poderá lhe acometer um câncer”; “se tomar veneno morrerá”. Dessa forma, o inferno se torna fatal pela lei natural, pois qualquer alma humana que recuse livremente a única Fonte de toda a vida encontra inevitavelmente a morte. Desse modo, não devemos pensar na danação como uma sentença imposta ao homem mau, mas como o simples fato de ser o que ele é, ou seja, um ser que abraçou o egoísmo, o ódio, o orgulho, a maldade e todas as implicações decorrentes dessa atitude. O interessante é que o resultado sempre desemboca na liberdade, pois diante do amor de Deus, a realidade do inferno só pode ser entendida dessa maneira.
Fogo eterno ou condenação eterna?
A meu ver, todo erro sobre o “inferno eterno” professado por boa parte dos cristãos está em que eles consideram o inferno um determinado “lugar”, com definida localização geográfica, lugar esse criado por Deus para castigo dos seus inimigos. Ora, esse erro não é encontrado no Antigo nem no Novo Testamento. No Antigo Testamento não há alusões a um inferno de punições, sendo a sepultura – um lugar onde não há consciência –, o único destino para os maus. Ao passo que, os homens justos e bons, que caminharam em nobreza e fugiram da iniquidade se reunirão a seus pais após a morte. Ou seja, a noção de inferno nas Escrituras não nasceu pronta, e não existe no Antigo Testamento um esquema acentuado sobre o tema. O Novo Testamento, por sua vez, lida com o assunto de forma mais definida e marcante, se apropriando de figuras correspondentes a nossa realidade, usando uma fenomenologia física, para descrever a imaterialidade, não localizável, não espaço temporal do inferno. O inferno neotestamentário não é local, é dimensional.
As Escrituras em todo momento se apropria de uma linguagem mítica, alegórica e figurativa. Isso por que o homem em qualquer lugar e geração precisou de analogias e metáforas para poder internalizar conceitos. De outro modo isso não seria possível. Só podemos conceber e internalizar temas como céu, inferno, criação ou fim dos tempos se manifestados a priori numa linguagem mítica.
Nesse compasso, o inferno, na boca de Jesus, é definido com categorias relativas, ao qual se pode sair. Ora, para o Evangelho, aquele que, sem motivo, irar contra seu irmão, proferir insulto ou chama-lo de Tolo (o assassino verbal que nulifica seu irmão), já é um habitante do inferno. O concelho de Jesus é para que haja reconciliação entre ambos, antes que “o adversário te entregue ao juiz, e o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo” (Mt 5.25-26). Jesus, usando uma linguagem romana (juiz, oficial de justiça) relativiza o inferno, deixando a entender que é um estado em que se possa sair. Usando a mesma linguagem na parábola do credor incompassivo, o Nazareno registra um episódio em que um homem devia um valor impagável, e que, portanto, foi perdoado (Reinos dos céus). Esse homem que é agraciado com o perdão age impiedosamente contra o seu servo, sufocando-o e o lançando na prisão por dívidas medíocres. Esse, igualmente, é abitado pelo inferno, e será preso pela sua impiedade e não será liberto até que pague tudo que deva.
Esse é um inferno puramente existencial. São aqueles que, antes de tudo, são habitados pelo inferno, por todas as agonias do ódio, da impiedade, dos julgamentos, do medo, enfim, esse inferno tem sua saída pela conversão. Por outro lado, Jesus define o inferno como Geena, ou Vale de Hinom (onde o fogo não apaga e o verme não morre), que era o antigo depósito de lixo em Israel. Essa metáfora sobre o inferno qualquer um em Jerusalém entenderia, assumindo, dessa vez, na boca de Jesus, uma categoria semi-absoluta.
Apesar de durar uma eternidade, esse inferno, acredite, também tem um fim. Por isso é definido como semi-absoluto. Ora, são incompatíveis todas as hipóteses de um inferno eterno-absoluto com o caráter do Pai de Jesus. Para aqueles que creem que tudo foi criado do nada (creatio ex nihilo), ou seja, que tudo teve sua origem da mais pura vacuidade, é possível conceber um inferno eterno-absoluto. Nesse caso, não existe entre Deus e sua criação uma afinidade ou uma semelhança substancial para que voltem a sua primeira origem; segundo essa concepção dualista substancial, o máximo que poderia acontecer é regressar ao nada de onde saíram. Como diz Huberto Rohden, “para um filho do nada, (...) a conclusão mais lógica seria o completo aniquilamento, a extinção total do pecador impenitente”. Mas a maioria dos teólogos não aceita a aniquilação, anunciando assim uma vida de tormentos intermináveis ao pecador. Isso faz de Deus – Deus da “justiça e do amor” – um monstro indizivelmente assombroso. Rohden desconstrói essa “lógica” da seguinte forma:
“Em vez de reduzir misericordiosamente ao nada o que do nada veio, prefere Deus, segundo esses teólogos, conservar eternamente o pecador em indizíveis tormentos, não lhe permitindo sequer que se arrependa do seu pecado, cometido talvez num segundo de desatino moral. E estranham, depois, que haja ateus e agnósticos no seio do cristianismo. De fato, não há ateus fora do mundo cristão; o ateísmo é produto típico, não do cristianismo de Cristo, mas da teologia de certos cristãos”.
Não quero propor um aniquilamento, mas, em última análise, essa teologia dualista relaciona Deus a um tirano que possibilita sua criatura sofrer uma eternidade inutilmente. É um absurdo arquitetar o inferno como punição sem fim para pecados temporais. Orígenes (uns dos pais da Igreja do século II) nos ensina que o princípio de todo castigo está associado a uma intenção pedagógica como possibilidade de levar o pecador a melhores sentimentos e caminhos mais puros, como a própria palavra latina indica: castigare (castum + agere = “fazer puro” ou “purificar”); “pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho” (Hb 12.6). Logo, o inferno também é uma expressão do amor de Deus, que lapida a sua criatura.
Jesus disse que certas pessoas “irão para o castigo eterno” (Mt 25.46). Sim, mas para entendermos essa expressão temos que entender de fato o que é eternidade. A eternidade não é a longevidade do tempo, mas sim a sua inexistência. Não é linearidade do Cronos, mas sua total extinção. Logo, o inferno sendo eterno, inexiste como tempo, pois será algo que acontece no não-tempo: sendo, portanto, não um lugar, mas um fenômeno de natureza dimensional e existencial (por isso o Julgamento é no Agora). Mas observe que só poderemos falar no não-tempo com categorias de tempo – até as Escrituras agem assim. É por isso que, se por um lado as Escrituras falam de castigo eterno, por outro, diz que “a misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade” (Sl 103.17).
Em sua Suma Teológica, Tomás de Aquino nos mostra meticulosamente que “Deus comunica (ou compartilha) a sua eternidade a certos seres”: os anjos; fala-se dos frutos eternos (Dt 33.15). Isso não quer dizer que a qualidade desses seres é a perenidade sem fim, pois compreendemos que só Deus é o Eterno-Absoluto-Imensurável de fato. Como sugere alguns textos sagrados, a eternidade parece ter uma semelhança a períodos indefinidos (aéon) de existência – novamente me expresso com categorias de tempo: “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2); diz ainda que os santos “receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, de eternidade em eternidade” (Dn 7.18); também encontramos essa expressão no plural na boca de Isaias, que proclama a salvação “pelo Senhor; pelo que não sereis envergonhados, nem confundidos em todas as eternidades” (Is 45.17). Tomando esses textos por verdades, entendemos que a “condenação eterna” não é um “tempão imensurável”, e que, o que a maioria das pessoas entende sobre o inferno não passa de uma invenção de homens com os inconscientes perturbados; pessoas com os espíritos abraçados pelo ódio; gente que não discerniu, de passagem, o amor e a graça de Deus.
Uma nova chance para o Amor
As Escrituras revelam pela pena de Pedro que Jesus desceu ao tártaro e pregou a libertação aos espíritos em prisão que foram desobedientes quando a misericórdia de Deus aguardava nos dias de Noé antes de vir o dilúvio. Sim, aquela geração inteira que permaneceu dura ainda teve outra chance. Por isso é que foi dito: "Quando ele subiu em triunfo às alturas, levou cativo muitos prisioneiros, e deu dons aos homens" (Ef 4:8). Isso, todavia, ainda é secundário, porque o que de fato importa é como as coisas terminam; é o retorno às moradas preparada pelo Filho; é quando Deus, em Cristo, reconcilia todas as coisas com ele mesmo. Ora, fomos criados a partir do próprio Deus, “pois nele vivemos, nos movemos e existimos, (...) Também somos descendência dele” (At 17.28), e não do nada, como foi dito anteriormente; nada é criado do Nada. Isso é metafisicamente ilógico, impossível. Diante de Deus o nada inexiste, pois ele preenche toda a realidade. Compartilhamos a essência do Criador, “somos participantes da sua natureza” (2Pd 1.4), e como tal é inevitável dizer que todas as coisas voltam, finalmente a sua origem: Viemos de Deus e para ele voltaremos, cedo ou tarde. Afinal de contas, existe em nós um “anseio pela eternidade” (Ec 3.11). Agostinho cristaliza essa grande verdade quando afirma: “Fizeste-nos para ti, Senhor, e inquieto está o nosso coração, até que encontre quietação em ti”.
Neste sistema não cabe nenhum inferno sem fim. Longe de ser um universalismo, o que entra em questão aqui é que por mais intensamente livre seja uma criatura, e por mais que ela, pelo uso ou abuso da sua liberdade, se afaste da sua origem divina, é inconcebível que ela se separe de Deus pra sempre, fugindo por assim dizer, pela “tangente” e perdendo-se para sempre nas zonas noturnas de um ateísmo irrevogável. O ser humano é o único autor do seu inferno, e só ele pode pôr termo a essa agrura. Deus não colaborou para que o homem “ascendesse” ao inferno, mas como disse Agostinho, não existe lugar onde alguém se possa afastar de Deus de modo absoluto. Nem mesmo no inferno haverá uma ruptura total de Deus, havendo ao contrário a possibilidade de um retorno.
Enfim, existe o inferno que alguns experimentarão aqui, na sua existência. Se não houver conversão, sentirão o tormento naquele lapso de consciência eterna, onde alguns dirão “está morto”, mas para Jesus “ainda vive”. O inferno não é uma criação original para humanos, não foi criado pelo Diabo, e sim para o Diabo e seus anjos. Mas alguns homens (que abandonarão sua humanidade) irão experimentá-lo. Ora, estes rejeitarão a Vida a tal ponto que se tornarão diabos: prostitutas do caos. Os que assim se tornaram, tomarão parte no inferno junto com o Diabo e seus anjos. A partir daí não haverá mais volta, pois não existirá mais distinção entre eles e os demônios. Esses serão os “irreconciliáveis”, e terão o seu “fim” junto com o inferno e a morte. Deus, que trouxe à existência todas as coisas a partir de si mesmo em amor, em amor fará com que o inferno e a morte sejam diluídos no Lago de Fogo, que é o próprio Deus (Hb 12.29). É um grande desacerto imaginar que o Paraíso e o inferno existirão simultaneamente. Não existe potência final dramática de Satanás e da morte. A morte, o reinado da morte, o domínio do caos, tudo isso está sob o controle do Eterno. Por isso, Jacques Ellul afirma categoricamente “que em última análise, todo o Apocalipse se resume nesta palavra: ‘não temas’” (Ap 1.17). Não temas, pois, Jesus tem em suas mãos as chaves da morte e do inferno. Ambos foram vencidos na Cruz, sendo, portanto, tolice imaginar o inferno como um playground do Diabo (onde ele se diverte causando dor às almas condenadas); isso só fica atraente na literatura de Dante.
O inferno durará uma eternidade, mas não existirá eternamente. Só permanecerá eternamente aqueles que estiverem no amor de Deus, e esses serão tantos que não poderão ser contados. O inferno não será habitado pela maioria da humanidade, como se o diabo na verdade fosse o grande vencedor. Não, Jesus é o grande vitorioso. E sua vitória está em que toda a ira de Deus para com os pecadores caiu sobre Jesus, isto é, sobre o próprio Deus, na pessoa de seu Filho: a Trindade é o fator decisivo na salvação, pois Deus condenou a si próprio para salvar suas criaturas que ele ama. Se a maioria é condenada, significaria que a convicção e a cruz de Cristo não seriam suficientes.
Não quero afirmar dogmaticamente que esta é a verdade, mas eu acredito, porque parece ser o único princípio compatível com o amor incondicional de Deus. Agraça caiu universalmente sobre todos os homens, por isso Ellul afirma que, a diferença entre um cristão e não-cristão, “é que o cristão sabe que é salvo, o que liberta da angústia. Isto não é para ele nenhum privilégio, mas sim um fardo e uma missão: ele deve agora ser um servo de Deus e de Cristo”.
©2013 Lindiberg de Oliveira
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